PRESENTATION
INTERNATIONAL CONFERENCE
EDITORIAL PROJECTS REPUBLIC AND "NEW STATE"
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Faculty of Social Sciences of the New University of Lisbon
Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon
9th and 10th of November 2017
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KEYNOTE SPEAKERS:
Horacio Fernandez, Cuenca University
Javier Ortiz Echagüe, Navarra University
Paul Melo e Castro, Leeds University
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Submission until July 31st, 2017
Project Printed Photography. Image and Propaganda in Portugal (1934-1974)
FCT - PTDC/CPC-HAT/4533/2014
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Since the beginning of the 20th century, the production of graphic and visual media, whether in the form of books, magazines, tourist guides, albums or photobooks, plays an important role in the world of both collective and individual editorial projects. It is therefore important to inquire about the production of such multi-layered visual and textual artifacts, in which the practices of drawing, engraving, painting or photography practices may converge into innovative editorial strategies and modern dynamic forms in order to capture new readers.
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In Portugal, significant editorial projects were born during the early 20th century Republic, such as Orpheu (1915) or Portugal Futurista (1917). The emergence of graphic experimentation and image-based information generated new forms of artistic advertisement, establishing new word-and-image interactions. The magazine Ilustração Portuguesa initiated in 1906 used photography in an unprecedented way. In the 1920s appears the cult of the magazine and emerge women's fashion magazines such as Voga (1927) or Eva (1925-1989). In the rising mass society of the 1930s, Notícias Ilustrado (1928-1935), was the first magazine to be printed in rotogravure.
Meanwhile, at the service of the Estado Novo propaganda, the publications promoted by the Secretariat of National Propaganda (SPN), directed by António Ferro would leave countless examples of editorial projects among magazines, such as Panorama, Revista de Arte e Turismo (1941-1974) or the colonial Mundo Português (1934-1947), or photographic albums, such as Portugal 1934 and Portugal 1940, as well as books, guides or exhibitions catalogues. In the 1960s and 1970s, the Almanaque magazine (1959-1961) or a photographic album, such as Um País que importa conhecer (1972), were examples of the graphic potentialities of these years.
Parallel to the regime’s propaganda, hard censorship seriously affected freedom of speech. However, other editorial projects appear as important counter-images and counter-discourses. As Mulheres do meu país, written by the feminist Maria Lamas in 1948 was an early example; and in the following decade, the photobook Lisboa, Cidade Triste e Alegre (1959), by Costa Martins and Vitor Palla, were testimonies of the new times.
APRESENTAÇÃO
COLÓQUIO INTERNACIONAL
PROJECTOS EDITORIAIS REPÚBLICA E ESTADO NOVO
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Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de LIsboa
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
9 e 10 de Novembro de 2017
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KEYNOTE SPEAKERS:
Horacio Fernandez, Universidade de Cuenca
Javier Ortiz Echagüe, Universidade de Navarra
Paul Melo e Castro, Universidade de Leeds
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Submissão até 31 de Julho de 2017
Projecto Fotografia Impressa. Imagem e Propaganda em Portugal (1934-1974)
FCT - PTDC/CPC-HAT/4533/2014
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A produção de suportes visuais gráficos e imagéticos, seja na configuração de livros, revistas, guias turísticos, álbuns ou foto-livros, ocupa desde inícios do século XX um importante lugar no mundo dos projectos editoriais. É, pois, pertinente investigar as práticas de produção destes artefactos visuais e textuais onde os processos de desenho, gravura, aguarela, pintura ou fotografia convergem em inovadoras estratégias editoriais e formas dinâmicas modernas, com o objectivo de captar novos leitores.
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Em Portugal, diversos projectos editoriais nascem com a República, como a revista Orpheu (1915) ou o Portugal Futurista (1917). A emergência do experimentalismo gráfico e a necessidade cada vez maior de informar através de imagens coincidem com novas formas de publicidade artística, abrindo novas relações entre o texto e a imagem. A revista Ilustração Portuguesa, iniciada em 1906, deu um protagonismo ímpar à fotografia. Os anos 20 vêem aparecer os magazines. Surgem as revistas de moda feminina, como a Voga (1927) e a Eva (1925-1989). Na nova sociedade de massas dos anos 30 o Notícias Ilustrado (1928-1935) é a primeira revista a ser impressa em rotogravura.
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Entretanto, ao serviço da propaganda do regime, as edições do Secretariado de Propaganda Nacional de António Ferro deixar-nos-iam inúmeros exemplos de projectos editoriais entre revistas, como a Panorama, Revista de Arte e Turismo (1941-1974) ou a revista de propaganda colonial Mundo Português (1934-1947), ou álbuns fotográficos, como Portugal 1934 e Portugal 1940; e ainda livros, guias ou catálogos de exposições. Nas décadas seguintes são exemplos das potencialidades gráficas desses anos a revista Almanaque (1959-1961) ou Um País que importa conhecer (1972).
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Simultaneamente à propaganda feita pelo regime, a censura férrea impunha graves limitações à liberdade de expressão. Apesar disso, nascem notáveis projectos editoriais no campo das contra-imagens e dos contra-discursos sendo um dos primeiros As Mulheres do meu País (1948), obra da escritora feminista Maria Lamas; e, na década seguinte, o foto-livro de Costa Martins e Vitor Palla, Lisboa, Cidade Triste e Alegre (1959).
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